terça-feira, 20 de outubro de 2009


Dor-ivaldo


Para Dorivaldo Zambrim (in memoriam)

Visto a utopia estranha
De trazê-lo para cá,

Gerar em minhas entranhas

Um pai benfeitor, quiçá.


Um pai para consagração,

Pois se foi e nem viu

Minha primeira menstruação,

Meu primeiro namorado viril.


Um pai à prestação,

Pois se foi sem dizer tchau,

Nem deixou pensão,

Só uma saudade unilateral.


Hoje senti uma falta danada.

Chorei muito no banho,

Foi como uma engasgada

Com um sentimento tamanho.


Agora dos vermes és o pai,

E fétido em demasia,

Mamãe friamente o trai,

Para mim, ainda é poesia.




7 comentários:

Anônimo disse...

Uma elegia assaz bela,
certamente o Sr. Zamprim tem muito orgulho da filha que possui...
Continue exercitando sua escrita, vc é muito boa!
abraço!

Tânia disse...

Tati...vc respira poesia! é maravilhosa em tudo q faz!!! te amo minha irmã...beijinha :)

Unknown disse...

Você éé muitoo boa! gata..hahaha
Minha Poetisa..
amo você s2

Thomaz Baldow disse...

O modo como escreves é fabuloso!
As rimas se encaixam como se nada as impedisse... como se cada risco ( ou tecla ) sempre se aderisse!
Sou novato por aqui nesse blog seu...
Mas de certeza a certeza sou teu fã - ou fã teu!

abraços
sucesso

Leonardo disse...

chorei, realmente nao entendo de métrica estrutra e tals, mas realmente, perfeita

Anônimo disse...

Olá Tatiane!
Saudações Literárias...
Parabéns! Muito bom o espaço.
Sempre que puder voltarei.
Abraços de Luz.
Visite o ILUMINANDO A VIDA.

Felipe Pauluk disse...

Adorei suas poesias e seu blog...
Parabens..
www.comidadibutequim.blogspot.com