sexta-feira, 28 de agosto de 2009


Mal feita


A menstruação estancou
O seio cheio de leite.
A filha apeticida pela mãe,
Um infortúnio para o pai.
Feto marcado.
Morre o bêbado desgraçado.
Cresce, crescem mamas.
Menstruação precoce.

Alma leve de isopor
E surge um senhor

Vira chumbo.
Tanta neguinha para amar
E em mim a barba foi roçar.
Na navalha da idade,

Desejo de uteração.
Suicídio.
Intervenção divina?
Um ser roçagante,
Restringindo o corpo.
E vive assim,
Um penico furado,
Um filho violentado.
É preciso que haja o domingo.
Para passar esmalte,
Para o esmalte secar.
Voltou a ser,
Depila as axilas
E chora água do mar.
Às vezes é preciso falecer,
Outras vezes, matar.
Em nome do Diabo,
Do Pai,
Do Filho,
E do Espírito Santo,
Amém.