Anísia
Mãos cruzadas, serenas,
A face lânguida, Nem branca, nem morena.
Foi-se em uma célere partida.
E meu coração melindroso,
Sente o revés do gozo.
Tenho andado triste, querida.
Arrancastes um braço meu.
E a varanda de sua casa,
é a varanda mais triste.
Volte, passe-me o Merthiolate que arde
E sua doce escassez de alarde.
Oito vezes mãe,
Mais vezes avó,
Bisavó, pouquíssimas.
E de domingo dói o dobro.
No peito, um imenso nó.
Por que nos deixastes, avó?
Infarto agudo do miocárdio,
Eu odeio surpresas.
Adeus Dona Anísia.
Mãos cruzadas, serenas,
A face lânguida, Nem branca, nem morena.
Foi-se em uma célere partida.
E meu coração melindroso,
Sente o revés do gozo.
Tenho andado triste, querida.
Arrancastes um braço meu.
E a varanda de sua casa,
é a varanda mais triste.
Volte, passe-me o Merthiolate que arde
E sua doce escassez de alarde.
Oito vezes mãe,
Mais vezes avó,
Bisavó, pouquíssimas.
E de domingo dói o dobro.
No peito, um imenso nó.
Por que nos deixastes, avó?
Infarto agudo do miocárdio,
Eu odeio surpresas.
Adeus Dona Anísia.