(...) "Com a ponta da língua pude sentir a semente apontando sob a polpa. Varei-a. O sumo ácido inundou-me a boca. Cuspi a semente: assim queria escrever, indo ao âmago do âmago até atingir a semente resguardada lá no fundo como um feto". (Verde lagarto amarelo - Lygia Fagundes Telles)
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Dezessete do sete
Em seu aposento,
Toda libidinagem
Até o gargalo
E tudo que não convém,
No ralo.
Todo másculo, enérgico,
Abrasador.
E ativado meu carpelo,
Em carícias pungentes,
Pousa pêlo no pêlo.
Um corpo assaz,
Vertendo sem cessar,
Seja mordaz comigo!
Faça desse corpo descarnado
Teu abrigo.
Mas se eu alavancar
E der a cara a tapa,
Quem concederá aval?
E no âmago,
És pavoroso ou celestial?
Mando-te uma orelha,
O que for, aceito.
Resguarda-me, depois solta.
Espero.
Que horas você volta?
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6 comentários:
Eu sempre digo que você precisa escrever um livro hsuahsuhS
Neega, minha poetisa APLAUSOS para você.
Como não sou você me aproprio do Leminski:
calma calma
logo mais a gente goza
perto do osso
a carne é mais gostosa
hum... o que seria do mundo sem VC?
um local com pseudo chatos, rastejando feito vermes...
que escrita!!
um dia ainda te conheço pessoalmente,
vamos ver se vc é tão boa quanto escreve.
abraço!!
Puts! Que dor no meu coraçãozinho! tô besta.
parabéns!
volto a hora que você me chamar!
não?!
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